RETORNAMOS COM NOSSAS
REUNIÕES PRESENCIAIS.

RETORNAMOS COM NOSSAS
REUNIÕES PRESENCIAIS.
(LUCIA MAGALHÃES)
Olá companheiras, olá companheiros: Estamos no início de mais um ciclo em nossas vidas; começa o ano de 2023. Olhemos para esse tempo novo como uma folha branca; não há como passar a borracha no passado, mas podemos sonhar com uma tinta dourada para escrevermos dias futuros cheios de paz e de felicidade.
Vamos falar agora deste dia especial: O dia da Fraternidade. Trouxe para vocês esta joia escrita por nosso instrutor Luiz Goulart, sobre um tema importantíssimo em nosso trabalho na Corrente da Paz Universal:
“Fraternidade, uma palavra bela,
Mas nem sempre sentida em seu valor.
Daí somente na alma ser vivida
Quando nasce da pétala do amor.
Ela é o efeito do áureo despertar da luz
Que anima nosso coração
E faz o ser humano reencontrar
Em qualquer companheiro seu irmão.
Pois companheiro é todo navegante
Nesta nave que rola no espaço
Ou seja, no planeta que garante
Tornar-se leve a vida num abraço,
Sem distinção de raça, nem de cor,
Vendo a família em toda a humanidade,
Nos momentos alegres ou de dor.
Também faz parte da fraternidade
Não ter fronteiras feitas de ilusão,
Pois ela vê inteira sobre a Terra
Apenas uma única nação.
É neste sentimento que se encerra
A sublime missão do pacifismo,
Que apaga das contendas o seu mal.
É a Fraternidade o idealismo
Transfeito em luz na paz universal!
Que a Paz brilhe nossos corações e ilumine o coração de toda a humanidade. Paz de Cristo, companheiros. Feliz Ano-Novo para todos!
O NATAL DA FÉ
O que acontece nesta data mágica – não importa se é a verdadeira data histórica do nascimento de Jesus – é a magia da crença em um Salvador, que ofereceu sua essência divina para abrir caminhos à nossa libertação. A força dessa crença está na memória da alma, que neste período do ano nos confirma a certeza de que nossa realidade é mais divina do que humana.
Por isso vemos a manifestação da fraternidade, a vontade de distribuir alegria, ajudar os mais carentes, seguir os passos do Salvador, não importa que nome ele tenha, pois a fraternidade independe de religiões, de raças, condição social ou de gênero, mas simplesmente nos nivela à visão da luz que nos guia. É a fé nessa Luz que nos apontará o retorno à casa do Pai. Esta é a promessa de todos os Salvadores da humanidade.
O NATAL DA ESPERANÇA
Neste período fazemos uma pausa no pessimismo, sonhamos um mundo melhor, sim. Desperta no coração a esperança de dias melhores, de sermos pessoas melhores, a ponto de o Cristo nos escolher e se manifestar em nossa vida em novas realizações.
A esperança é o oásis do sonhador. Sonhar com a presença do Cristo recém-nascido em nossa casa, é reconstruir a manjedoura interna, onde a Senhora, nossa alma, cuida da Luz-menino, assistida pelo guardião José, o pensamento positivo, e acalma os animais do presépio, nossos companheiros do instinto humano.
Assim vemos que, para o sonhador celeste, a esperança é o motivo luminoso que o faz continuar a ter Fé, e não desistir nunca.
O NATAL DA CARIDADE
O dia de Natal em qualquer data, em qualquer religião, deveria se chamar o “dia da boa ação”. Sim, porque mesmo pensando em todo o bem para nós mesmos, transborda a vontade de ver todos felizes. Um simples ato que traga ajuda a alguém, nos deixa felizes. Vamos perpetuar este dia, estendendo nosso olhar para a necessidade do próximo, e teremos a surpresa de saber que vivendo de braços dados com a caridade, fortalecemos nossa fé e renovamos para sempre nossas esperanças.
O NATAL MÍSTICO
É o nascimento do Cristo em nós. Recorremos a São Paulo (Gálatas, IV, 19) “Estou outra vez em dores do parto, até que o Cristo tenha-se formado em vós.”
O texto é assim retraduzido por H. P. Blavatsky: “… até que formeis o Cristo dentro de vós mesmos.” Este é o Natal Místico, principal motivo de nossa jornada sobre a Terra.
Paz e Cristo!
(MAXIMO RIBERA)
Uma História de Amor À Humanidade
Em treze de setembro de 2022 a Corrente da Paz Universal completa 56 anos de fundação. 56 anos de amor à humanidade. Uma história contada através da transmissão das mensagens libertadoras, da disseminação de esperança para a construção de um mundo melhor, através do crescimento espiritual do ser humano, de forma suave e amena, sempre descortinando um estado sublime de paz interior, para a conquista da paz universal.
Criado por Luiz Goulart (1920 – 2002), sob a inspiração dos Mestres da Fraternidade, este Ideal hoje segue os mesmos padrões do Instrutor, de emanar saúde, paz e felicidade através de seus continuadores.
Queremos renovar e registrar aqui nosso amor a você companheira, a você companheiro, que nos acompanha e ama este trabalho – a todos os irmãos, fiéis do Ideal, que de algum modo ajudam a manter acesa a chama do entusiasmo que nos dá forças para continuar a semear a Paz – desejamos QUE A PAZ BRILHE EM SEUS CORAÇÕES E ILUMINE O CORAÇÃO DE TODA A HUMANIDADE!
Paz e Cristo, irmãos!
(Máximo Ribera)
SALVE O DIA INTERNACIONAL
DA MÃE TERRA!
Reverenciamos tuas dádivas:
A água que nos purifica,
O ar que nos alenta,
O fogo que nos aquece
E ilumina,
A terra, que nos oferece
O remédio e o alimento.
Aceita o abraço
Largo e fraterno
Em teu corpo santo,
Divina Gaia…
Unimos pensamentos
E corações
Para comover a espécie
E fazê-la sentir que,
Em verdade,
“A Terra é um só país
Para os seus filhos humanos”!
(Lucia Magalhães)
Não é de nosso interesse olhar o lado a parente da criatura humana. Não nos prendemos às características transitórias que são demonstradas pelo revestimento das religiões, dos partidos, bem como dos hábitos concernentes a raças e povos. 0 que nos prende ao Ideal de Fraternidade é, precisamente, a parte imutável dos seres, ou seja, a Natureza íntima, que está muito além de qualquer divisão, de qualquer agremiação ou grupo. Vemos o Homem. Esteja ele onde estiver, pois a Vida não conhece algo mais do que a manifestação dela mesma. Até onde permite nossa fraqueza humana, colocamos a Luz do Coração. Cabe a ele iluminar a treva dos preconceitos e demonstrar à Humanidade que, mesmo independente da má vontade de muitos, a DOR, a VIDA, a MORTE e a ETERNIDADE são iguais para todas as criaturas.
0 Universo estreita muito mais, nos seus laços de carinho, os seres do que nós mesmos julgamos. A debilidade da criatura está, portanto, no esquecimento desta verdade: TODOS SOMOS UM. Só o Egoísmo divide. Só o Amor irmana. Na divisão, o mal tudo escurece… Na união, o Bem tudo ilumina. Células vivas do organismo da espécie, cada ser unido a seu semelhante, fortalece o corpo único da Humanidade.
Fonte: Mensagem de Luiz Goulart nº 94- publicação semanal / Agosto de 1984
UM DIVINO PRESENTE
A Mensagem da Corrente da Paz Universal é voltada para conduzir cada criatura ao seu mundo interior, o mundo essencial, onde a certeza da permanência da vida deve ser conquistada.
É um trabalho de difícil aceitação, pois, tendo suas origens na Sabedora das Idades, que nos indica, através das Escrituras sagradas, formas de nos libertarmos das amarras da matéria física, aconselha que devemos abrir mão do domínio de nossa personalidade, que é apenas uma passageira nesta terra.
Consideramos um divino presente esta Mensagem, companheiros, pois ela nos orienta para nos libertarmos do sofrimento e da insegurança de vivermos num mundo com habitantes cruéis, sanguinários, guerreiros que têm aperfeiçoado as formas de extermínio, que evoluíram do tacape às armas nucleares. E atrás dos gatilhos continuam os mesmos dedos trogloditas.
A VERDADEIRA PAZ
Por isso estamos nesta tribuna, para falar sobre os benefícios da Paz. Da Paz que consideramos verdadeira. Daquela que não precisa de acordos, de tratados mentirosos entre nações que aplicam o diabólico “faça a paz, mas prepare-se para a guerra”. Esse modo de agir e pensar, se não for mudado, levará a humanidade ao autoextermínio. Não precisa ser profeta para saber disso.
Por que dizemos que esta mensagem é um presente divino? Justamente porque ela nos passa a certeza de que reside em nós um deus interior, o guardião da Paz verdadeira, que está à nossa espera, no mais íntimo recanto de nosso coração.
DEPENDE DE NÓS
Mas ele precisa de nós, de nosso esforço, companheiros. O deus interior precisa de canais para a difusão dos benefícios da Paz Interior. Vamos sonhar, então, o sonho do Ideal, divulgar, mentalizar, abrir caminho nas sombras das guerras, emanando o Bem, a Beleza e a Verdade. Vamos devolver às almas sensíveis a esperança do retorno à felicidade.
(Maximo Ribera)
A Paz É Possível
“Como é possível que seres humanos lutem de manhã à noite, matando-se uns aos outros? Surpreende-me a selvageria humana que ainda existe neste mundo…
A Terra não pertence a um só povo, mas a todos. Não é o lar e sim o túmulo do homem. É por seus túmulos que esses homens estão brigando…
Milhares sofrem pela ambição de alguns… mulheres estão derramando lágrimas por seus filhos mortos…
Eu vos convido, a cada um de vós, a encontrar o íntimo dos vossos pensamentos no amor e na união. Quando surgir um pensamento de guerra, fazei-lhe oposição com um mais forte de paz. Um pensamento de ódio, por um mais poderoso de amor…
Não julgueis que a paz do mundo seja ideal impossível. Nada é impossível à sublime benevolência de Deus!…
Se de todo o coração desejais a paz, vosso pensamento espiritual e positivo propagar-se-á; virá a ser o desejo dos outros, tornando-se cada vez mais forte, até atingir as mentes de todos os homens. Não desanimeis!”
Não deixes que o sentimento de tristeza domine tua palavra. Pois, desse modo, além de dares curso maior à tua melancolia, serás desumano se retransmitires a teu próximo o gérmen de tuas mágoas. Atenta nisto: sempre justificamos interiormente o teor das palavras que proferimos: se falas de espinhos, estes, igualmente, tu os cravas em tua alma; se dizes uma mentira, mentes a ti mesmo; se dizes uma palavra verdadeira, guardas a Verdade em teu íntimo e nela te fortaleces. Seremos amanhã o que falamos hoje. Somos hoje o que dissemos ontem… As palavras reforçam estados interiores. A palavra é o início da materialização do pensamento. Por isso a tristeza mais corrói o coração que se objetiva em palavras de melancolia.
Quanto ao sentimento de dúvida, a palavra cria, sob este estado, grande confusão em quem ouve e, logicamente, na própria pessoa que fala. Nesse particular, não podemos esquecer o Evangelho: “seja o vosso falar sim, sim; não, não”. Nada na realidade perturba tanto quanto ouvir a pergunta duvidosa de quem indaga: “É hoje ou amanhã?”; “Ele me ama ou me odeia?”; “Vou piorar ou melhorar?”; “Choverá ou não?”
Diga-se, sem medo de errar, que este estado dúbio é o mais comum. A julgar-se pelo debate das dúvidas que, além de serem travadas em terrível duelo emocional, ferem a gume de espada todos os desassossegados que ainda não aprenderam a ouvir com paciência.
O pensar antes de falar é, pois, motivo de equilíbrio interior. Daí dizer o sábio pensador Lao-tsé: “Quem fala não pensa, quem pensa não fala”.
Fonte: Livro – O Caminho da Paz Interior – 1999 / 5ª edição
Dos amigos que conheço, todos têm asas. São seres de sensibilidade, mas nem sempre se reconhecem assim: alados, capazes de superar obstáculos pelo hábito santo de manter a alma leve, liberando mais altos voos.
Meus amigos alados às vezes se esquecem que têm asas, e se sentem frágeis; logo se afligem e lutam em nome dos limites, ordens e dogmas de suas crenças…
Mas são salvos quando veem Beleza: como diz Platão, sentem que têm asas – e isso, por si só, já faz toda a diferença…
Todos os dias
desejo aos meus amigos a expressão mais bela da alma, neste voo leve pelo caminho essencial da Liberdade.
(Lúcia Magalhães – Ilustração de Luiz Goulart))
Thich Nhat Hanh (11/OUT/1926 – 22/JAN/2022), poeta, Mestre Zen do budismo, ativista pela paz. Presidiu a Delegação Budista da Paz em Paris, nos debates sobre a paz, durante a guerra do Vietnã, seu país de origem, tendo sido indicado pelo Dr. Martin Luther King Jr. para o Prêmio Nobel da Paz. Autor de inúmeros livros, numa linguagem poética, tornou o budismo inspiração à mente Ocidental.
“Este corpo não sou eu;
Eu não estou apegado a este corpo,
Eu sou vida sem limites,
Eu nunca cheguei a nascer e eu nunca cheguei a morrer.
Logo ali, o vasto oceano e o céu com muitas galáxias,
Todas se manifestam a partir da consciência primordial.
Desde o tempo sem início eu sempre fui livre.
Nascimento e morte são apenas uma porta por onde nós entramos e saímos.
Nascimento e morte são apenas um jogo de esconde-esconde.
Então sorria para mim e pegue a minha mão e me dê adeus.
Amanhã devemos nos encontrar novamente, ou mesmo antes.
Nós devemos sempre nos encontrar novamente na verdadeira fonte,
Sempre nos reencontrando na miríade de caminhos da vida.”