O Eu Vital e o Ego Existencial

Resumos das pesquisas realizadas pelo Grupo de Estudos Professor Luiz Goulart em suas obras, na sede da Corrente da Paz Universal, sob a coordenação da professora Lucia Magalhães.

1 – Crendo na partícula eterna de Deus em nós, Jesus sugere que nos submetamos à Vontade do Poder Determinista. Toda ansiedade é inútil, em termos de conquistas objetivas. Que poderíamos acrescentar a nós mesmos? Já não possuímos tudo, possuindo Deus? Só a Inação Criadora, porém, nos permite o Estado de Esperança, sem nos desesperarmos.

2 – A oportunidade da semente nos é oferecida na hora do plantio. Cabe-nos semear. Ele nos deu a semente e a terra; a inteligência e a criatividade. Mas também Ele determinou um círculo para medida de nosso labor mental e físico. A transgressão da Lei da Medida anula tragicamente nosso Livre-Arbítrio. Não será a angústia a transgressão da Lei da Medida? Todo desejo tem seu limite. A ação é o impulso do desejo, por isso ela também possui seu limite. Daí a Não-Ação ou Inação Criadora estar mais ligada ao Poder da Determinação do que submetida à Lei da Medida.

3 – Do espírito à matéria, se desdobram as seguintes funções da Consciência:
a) Plenitude Criadora: Átomo Vital, Autoconsciência e Mente.
b) Inação Criadora: Mente, Pensamento, Sentimento.
c) Ação Instintiva: Desejo, Emoção, Ação.
A Inação Criadora é o estágio intermediário entre os dois planos de Consciência. São eles:
EU VITAL (Consciência Superior Subjetiva): a) Átomo Vital (Deus em nós, segundo Jesus e a Râja Yoga); b) Autoconsciência (Vontade do Poder Determinista em nós; c) mente (Poder Vital Criador).
EGO EXISTENCIAL (Consciência Inferior Objetiva): a) Desejo (Ansiedade); b) Emoção (Angústia); c) Ação (Desgaste Energético).

4 – O plano intermediário que nos permite, pela Mente, desenvolver o perfeito equilíbrio criador do Ser é o do Pensar-Sentir. Quando o Pensar e o Sentir fundem-se num todo, atingimos o Estado de Harmonia ou Amor. Então nos ligamos à Consciência Superior. Dir-se-ia que este estado é comparável à plenitude da Yoga Perfeita: União com Eu Vital.

5 – O Livre- Arbítrio só nos é concedido quando atingimos o plano intermediário entre a Lei da Determinação (Deus) e a Lei da Medida (Mundo). O estágio intermediário é o controlador da Lei de Medida, pelo teor de ligação com a Lei da Determinação.

6 – Fora do ponto controlador da Lei de Medida, o ser humano é, realmente, conduzido pela vertigem inconsciente do Desejo. Trava-se, no drama da Ansiedade, a mais terrível batalha entre o Destino e o Desejo. E quanto mais este cresce e se giganta em força, mais demonstrável em seu poder se impõe o Destino. Toda mudança é sempre mais acentuada quanto mais concreto seja o plano de nossa atuação. Assim, o mundo mutável dos desejos está sempre como a nossa Personalidade.
Daí dizer Buda: “O existir como uma personalidade separada (do Eu, dizemos nós) condena ao sofrimento e à dor.” – “A causa suprema da miséria é o desejo de possuir e conservar o possuído.”