É maravilhoso o tempo do Natal. Os seres humanos de certas classes criam, num intervalo necessário, a simulação dos “seres bonzinhos”. Olhando de cima, a alegria aportou em nossas casas, nos lembrando que é possível ser feliz. Varremos para baixo dos tapetes todos os macaquinhos incômodos do dia a dia familiar.
E em meio aos desfiles de ilusões coloridas jogamos confetes multicores sobre a miséria do próximo, que ignoramos em outras épocas do ano.
Somamos ao espetáculo do natal gastronômico a obrigatoriedade do sacrifício animal. Interessante é o hábito natural da mistura bacante com as divindades tradicionais, para que nos abençoem com fartura por mais um ano.
Repetindo: esse intervalo é necessário para um respiro social, que alivia as tensões coletivas.
O que falta é a troca das divindades. Até hoje os deuses poderosos nada puderam fazer por nós. Nossas orações se perdem nos milênios, trocamos de deuses, mas não adianta. Continuamos dependentes de algo que não pode nos ajudar. Precisamos nos libertar; então vamos trocar de divindades? Orar para novos santos no Natal?
Sugestões dos santos para o Natal e para nossa vida:
Santo Altruísmo, Santa Fraternidade, Nosso Senhor Amor, Nossa Senhora Caridade, Santa Esperança, Santa Paz.
A lista pode ser longa. Mas qual a diferença entre os antigos e estes novos?
É fácil responder: Os Santos antigos estão distantes e alguns nos metem medo. Já o novos são instrumentos divinos, que habitam nossos corações, e aguardam que os executemos na sinfonia da Santa Felicidade.
Maximo Ribera
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